Você caiu em um golpe bancário? Saiba como agir imediatamente
Cada vez mais comuns, os golpes praticados por criminosos que se passam por atendentes de banco têm causado sérios prejuízos. Por meio de ligações ou mensagens falsas, eles conseguem enganar clientes e realizar empréstimos ou transações indevidas nas contas bancárias.
Se isso aconteceu com você ou alguém próximo, este artigo vai te mostrar passo a passo o que fazer para minimizar os danos e buscar reparação legal.
Como funciona o golpe do falso atendente de banco?
Os golpistas entram em contato se passando por funcionários do próprio banco. Com discursos técnicos e até conhecimento de seus dados pessoais (obtidos em vazamentos ou redes sociais), eles convencem a vítima a:
Informar senhas, códigos de autenticação ou tokens;
Autorizar supostos “cancelamentos” que, na verdade, são transações fraudulentas;
Acessar links ou instalar aplicativos que permitem o controle remoto do celular.
Resultado: empréstimos não solicitados, transferências via Pix e saques são realizados sem o consentimento real do titular da conta.
O que fazer se você foi vítima desse golpe?
1. Comunique imediatamente o banco
Assim que perceber a fraude, entre em contato com a central oficial do seu banco e registre a ocorrência. Solicite:
O bloqueio da conta e cartões;
A contestação das transações indevidas;
Um protocolo de atendimento por escrito.
2. Registre um boletim de ocorrência (BO)
Você pode fazer isso online ou na delegacia mais próxima. Detalhe tudo o que ocorreu, incluindo:
Data e hora do contato;
Meios utilizados (telefone, WhatsApp, e-mail);
Valores movimentados ou contratos feitos sem sua autorização.
3. Reúna provas
Prints de mensagens, gravações de ligação (se houver), extratos bancários e comprovantes de transações são fundamentais para comprovar a fraude.
4. Procure um advogado especializado em Direito do Consumidor
Um profissional pode:
Acionar o banco judicialmente para cancelar o empréstimo ou transação;
Pedir indenização por danos morais e materiais;
Garantir que você não fique com o nome negativado injustamente.
O banco é responsável por esse tipo de golpe?
Sim. O Código de Defesa do Consumidor (art. 14 do CDC) prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor, ou seja, o banco responde pelos danos causados por falhas na prestação de serviço, mesmo sem culpa direta.
A jurisprudência é pacífica no sentido de que fraudes bancárias são de risco da atividade, e o cliente não pode ser penalizado por brechas no sistema de segurança da instituição financeira.
“É dever do banco garantir a segurança das operações financeiras dos seus clientes.” (TJSP, Apelação Cível 100XXXX-XX.2023.8.26.0000)
Quanto tempo leva para resolver?
Depende do caso. Alguns bancos resolvem extrajudicialmente em poucos dias. Outros só após ação judicial, que pode durar de 3 a 12 meses. Em geral, há decisões favoráveis rapidamente em tutelas de urgência para bloqueio de cobranças ou devolução de valores.
Como se proteger contra esse tipo de golpe?
Nunca compartilhe senhas, códigos ou tokens;
Desconfie de ligações ou mensagens que pedem ações imediatas;
Sempre entre em contato com o banco pelos canais oficiais;
Ative alertas no celular para qualquer movimentação bancária.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Fui enganado e autorizei o Pix, ainda assim tenho direito?
Sim. Mesmo que tenha fornecido dados, o banco responde se houve falha na segurança ou abuso de confiança.
Posso processar o banco mesmo sem ter feito BO?
O boletim é importante, mas não obrigatório. É possível ajuizar ação apenas com provas documentais.
E se meu nome foi negativado por causa do golpe?
A negativação indevida é ilegal. Cabe ação judicial com pedido de retirada e indenização por danos morais.
Fale com um advogado e proteja seus direitos
Se você ou alguém da sua família foi vítima de golpe por falso atendente de banco, não aceite o prejuízo como inevitável. Um advogado especialista pode recuperar seu dinheiro e garantir sua tranquilidade.
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