Veja como atualizar corretamente seus documentos pode fazer toda a diferença para conseguir o Auxílio-Doença no INSS.
O indeferimento que poderia ser evitado
Todos os dias, trabalhadores doentes têm seus pedidos de Auxílio-Doença negados por um motivo simples: documentação incompleta ou desatualizada. Isso acontece porque o INSS exige não apenas a prova da doença, mas a comprovação de que essa doença impede o trabalho.
Se você quer saber como se preparar de forma estratégica para a análise do INSS e aumentar suas chances de concessão, este artigo é para você.
🔎 Por que atualizar os documentos faz tanta diferença?
O Auxílio-Doença é um benefício previdenciário regulado pelo Art. 59 da Lei 8.213/91, concedido ao segurado que ficar incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias.
Porém, a concessão depende de provas atualizadas e convincentes. Laudos antigos, atestados vagos ou a falta de informação sobre as atividades laborais são os erros mais comuns.
“O INSS não concede benefício por compaixão, mas sim com base em provas documentais robustas.”
📋 O que atualizar antes de pedir o Auxílio-Doença
✅ 1. Laudo médico detalhado e recente
- Diagnóstico (CID)
- Descrição da doença e dos sintomas incapacitantes
- Tempo estimado de afastamento
- Assinatura com carimbo do CRM do médico
✅ 2. Exames que confirmam a doença
- Exames de imagem (raio-x, ressonância, tomografia)
- Exames laboratoriais
- Eletroencefalograma, eletroneuromiografia, entre outros
✅ 3. Relatórios de terapeutas, fisioterapeutas e psicólogos
- Importantes para casos ortopédicos e mentais
- Validados inclusive pelo STJ (1ª Turma)
✅ 4. Declaração da empresa (se empregado)
- Atividades exercidas
- Jornada de trabalho
- Observações sobre afastamento
✅ 5. Descrição das atividades habituais
- Usar CBO (www.mtecbo.gov.br)
- Explicar esforços, movimentos repetitivos, posturas exigidas
🔒 Dicas para fortalecer sua documentação
📝 Personalize tudo para sua profissão
Não adianta um atestado genérico. Um frentista com lesão no ombro é diferente de um digitador com a mesma lesão.
📅 Atualize tudo no máximo 90 dias antes do pedido
Quanto mais recente for o documento, maior a credibilidade diante da perícia.
🏆 Destaque os efeitos da medicação
Inclua bulas e explique os efeitos colaterais que dificultam o trabalho. Use sites como www.bulario.com.br.
📊 Monte um dossiê com linha do tempo
- Data da doença
- Data da incapacidade
- Período de tratamento
- Datas de exames e laudos
🤝 Exemplos práticos que convencem o INSS
Exemplo 1: Cozinheira com Síndrome do Túnel do Carpo
- Relatório mostra que carrega panelas pesadas, faz movimentos repetitivos, fica em pé o dia todo.
- Exames confirmam a doença.
- Laudo médico detalha as restrições.
Resultado: INSS reconhece a incapacidade.
Exemplo 2: Ajudante de obras com dor lombar crônica
- Exames de imagem comprovam a doença.
- Laudo aponta impossibilidade de carregar peso e se abaixar.
- Declaração da empresa confirma a necessidade dessas atividades.
Resultado: Benefício concedido.
❓ Perguntas Frequentes (FAQ)
❔ Posso usar laudos de mais de 6 meses atrás?
Pode, mas quanto mais recente, melhor. Prefira documentos com menos de 90 dias.
❔ Posso apresentar documentos de clínica particular?
Sim. O INSS aceita laudos e exames particulares, desde que estejam completos e assinados por profissional com registro no CRM.
❔ A empresa precisa assinar algum documento?
Não obrigatoriamente. Mas declarações sobre suas atividades ajudam a provar a incapacidade.
🚀 Conclusão: A documentação certa é sua maior aliada
Atualizar corretamente seus documentos é uma etapa essencial para quem deseja obter o Auxílio-Doença. Não basta estar doente. É preciso mostrar, com clareza, como essa doença impede você de trabalhar.
Se você está inseguro sobre como preparar sua documentação, não espere o indeferimento para buscar ajuda. Com orientação jurídica desde o início, suas chances de concessão aumentam consideravelmente.