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⚖️ STF suspende julgamento sobre cobertura ampliada de planos de saúde: entenda o que está em jogo

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Índice

⚖️ STF suspende julgamento sobre cobertura ampliada de planos de saúde: entenda o que está em jogo

Essa lei altera a Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998) para garantir que pacientes tenham acesso a tratamentos e procedimentos não listados no rol da ANS, desde que:

  • Sejam prescritos por médico ou odontólogo assistente;

  • Tenham eficácia comprovada cientificamente;

  • Tenham recomendação da Conitec ou de órgãos de saúde internacionais.

✅ Em resumo: o rol da ANS deixa de ser taxativo e passa a ser exemplificativo.

⚠️ O que está sendo julgado no STF?

A Unidas (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Lei 14.454/2022, alegando que:

  • A ampliação da cobertura onera de forma desproporcional as operadoras;

  • A ANS já é o órgão competente para definir os procedimentos obrigatórios;

  • A lei interfere na sustentabilidade do setor de saúde suplementar.

O STF irá decidir se essa ampliação fere a Constituição e os princípios regulatórios do setor.

🔍 Quais são os impactos para os pacientes?

📌 Se a Lei 14.454/2022 for mantida:

  • Pacientes ganham maior segurança jurídica para exigir tratamentos inovadores ou personalizados;

  • A judicialização tende a diminuir, pois a prescrição médica terá mais peso;

  • Negativas baseadas apenas no rol da ANS poderão ser revertidas com mais facilidade.

🚫 Se a Lei for derrubada:

  • Os planos voltarão a usar o rol da ANS como limite rígido;

  • Muitos tratamentos, como medicamentos importados, novas terapias e exames modernos, poderão ser negados com base legal;

  • A judicialização aumentará, e apenas quem entrar com ação poderá garantir o tratamento.

💬 O que dizem os tribunais até agora?

A jurisprudência vinha evoluindo no sentido de considerar o rol como exemplificativo, especialmente após o Tema 106/STJ, mas com restrições.

Agora, o STF decidirá se esse entendimento será mantido como regra nacional, com força de lei.

✅ O que o usuário do plano pode fazer para aumentar suas chances na Justiça?

1. Solicite sempre por escrito

O primeiro passo é fazer a solicitação formal ao plano de saúde, preferencialmente via:

  • Área do cliente no site ou aplicativo da operadora

  • Protocolo por e-mail ou atendimento telefônico (anote o número)

Peça a resposta por escrito. Isso será fundamental como prova judicial em caso de negativa.

2. Como agir em caso de negativa do plano ou SUS

  • Exija a negativa formal com a justificativa técnica por escrito

  • Anote o protocolo e o nome do atendente

  • Não aceite apenas um “verbal”: a recusa deve ser documentada

Importante: Mesmo que o plano alegue que “não consta no rol da ANS”, isso não significa que o tratamento é ilegal ou sem direito à cobertura.

3. Documentos que fortalecem a ação judicial

Para entrar com uma ação e aumentar muito as chances de concessão da liminar, o paciente deve reunir:

📋 Documentação essencial:

  • Relatório médico completo do profissional assistente

  • Prescrição com justificativa clínica do tratamento

  • Exames que comprovem o diagnóstico

  • Recibo de tentativa de agendamento com o plano/SUS

  • Cópia da negativa formal

  • Documentos pessoais do paciente (RG, CPF, comprovante de residência)

  • Carteirinha do plano de saúde (se houver)

Dica: Solicite ao médico que destaque a urgência do tratamento e os riscos da ausência dele.

4. Principais medicamentos negados com frequência pelos planos

  • Spinraza (nusinersena) – AME (Atrofia Muscular Espinhal)

  • Zolgensma – terapia genética para AME

  • Ibrance (palbociclibe) – câncer de mama metastático

  • Cannabis medicinal – diversas indicações, especialmente neurológicas

  • Soliris (eculizumabe) – doenças raras autoimunes

  • Imunoglobulina humana – doenças autoimunes e infecções

  • Trikafta – fibrose cística

  • Keytruda (pembrolizumabe) – imunoterapia oncológica

5. Principais procedimentos frequentemente negados

  • Cirurgias bariátricas com técnicas modernas

  • Cirurgias robóticas

  • Home care integral (tratamento domiciliar)

  • Internação em UTI neonatal

  • Fisioterapia e reabilitação contínua

  • Terapias multidisciplinares para TEA

  • Tratamentos fora do rol da ANS

  • Transplantes ou procedimentos experimentais no Brasil

6. Onde checar a cobertura obrigatória dos planos?

Você pode consultar diretamente o site da ANS:

🔗 https://www.gov.br/ans
➡️ Busque a seção: “Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde”
➡️ Use o buscador interativo da ANS para confirmar se o exame, cirurgia ou tratamento está no rol.

Mas atenção: mesmo que não esteja no rol, a cobertura pode ser obrigatória com base na Lei 14.454/2022 (ainda vigente).

🧑‍⚖️ A importância de contar com um advogado especialista desde o início

Entrar com ação judicial sem apoio especializado pode gerar atrasos, indeferimentos ou decisões desfavoráveis. Um escritório de advocacia com atuação em Direito à Saúde vai:

✔️ Montar a estratégia jurídica ideal para seu caso
✔️ Elaborar um pedido de liminar com base nos documentos corretos
✔️ Utilizar jurisprudências e fundamentos atuais (como o Tema 106/STJ e a Lei 14.454/22)
✔️ Agir com urgência, inclusive em finais de semana, quando necessário
✔️ Acompanhar o cumprimento da decisão e responsabilizar o plano em caso de descumprimento

🔎 Muitos clientes só conseguem o medicamento ou tratamento em tempo hábil graças à atuação de um advogado especializado.

❓ Perguntas frequentes

O plano pode negar um tratamento fora do rol da ANS?

Pode tentar — mas a Lei 14.454/2022 e a jurisprudência permitem contestar judicialmente, desde que o tratamento tenha respaldo técnico.

Posso conseguir o tratamento com uma liminar?

Sim. Se houver urgência médica, é possível conseguir liminar judicial em até 48h.

Essa decisão afeta tratamentos para doenças raras?

Afeta diretamente. Muitos tratamentos para doenças raras estão fora do rol e só são garantidos hoje com base nessa lei.

📢 Conclusão: seus direitos podem mudar. Mas ainda estão garantidos — se você agir.

A suspensão do julgamento do STF é um alerta importante para quem depende de tratamentos contínuos ou complexos.

Se o seu plano negou algum exame, cirurgia ou medicamento com base no rol da ANS, você ainda tem direito de buscar a Justiça com base na lei atual.

📞 Quer saber se você pode garantir seu tratamento judicialmente?

Converse com um advogado especializado e tenha sua situação avaliada gratuitamente. A liminar pode ser sua saída mais rápida e segura.

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